O ex-prefeito Amazonino Mendes teve determinado pela Justiça o sequestro de seus bens por conta de irregularidades no contrato com a empresa Consladel, responsável pelos radares 'corujinhas' de trânsito em Manaus, pelo caso da "indústria de multas".
De acordo com a decisão, o bloqueio de bens será limitado no valor de R$ 40 milhões, feito nas contas correntes, saldos de aplicações financeiras, veículos, empresas e imóveis no nome dos denunciados.
A medida foi deferida Juíza Andréa Jane da 5º Vara Criminal de Manaus, a pedido do Ministério Público do Amazonas. Cabe recurso da decisão.
De acordo com a denúncia do MP-AM, a contratação trouxe prejuízo de R$ 40 milhões aos cofres públicos, e houve atuação do "núcleo político" para beneficiar a empresa ainda na fase inicial da licitação, e pagamentos foram efetuados após a entrega, mesmo sem que houvesse o cumprimento dos serviços acordados.
Por ser ex-prefeito, Amazonino foi notificado para apresentar defesa prévia no prazo de cinco dias. Os outros 10 têm prazo de 15 dias para responder por escrito. A juíza determinou ainda que os denunciados apresentem antecedentes criminais atualizados, para analisar a viabilidade do benefício da suspensão condicional do processo.
Nesta terça-feira (31), a juíza determinou que no prazo de 15 dias, o Manaustrans apresente o valor atualizado do que já foi pago à empresa Consladel pela Prefeitura.
Além de Amazonino Mendes, o bloqueio de bens foi determinado para Américo Gorayeb Júnior, que então era secretário municipal de Infraestrutura, Walter Rodrigues da Cruz Júnior, ex-diretor-presidente da Manaustrans, Sérvio Túlio Xerez de Mattos; ex-subsecretário da municipal de Infraestrutura, e de servidores públicos que trabalhavam na fiscalização dos serviços da empresa./// Portal do Holanda