Professores paralisam, protestam e ganham apoio em Parintins

Para a presidente do Sindicado Joelma e o vice-presidente Márcio Farias a paralisação e participação dos professores foi ótima

Professores paralisam, protestam e ganham apoio em Parintins Durante a passagem do protesto nas ruas os educadores ganharam adesões de outros segmentos Notícia do dia 29/09/2015

Um dia de paralisação no setor educacional, 28 de setembro. Assim a manifestação de protesto e pressão coordenada pelo Sindicato dos Professores e Profissionais em Educação Pública de Parintins movimentou a Ilha Tupinambarana. O ato iniciado na manhã de segunda-feira na Praça da Catedral foi até a  Prefeitura, Secretaria de Educação e Desporto e finalizado no final da tarde nas galerias do Poder Legislativo, chamou a atenção e teve ganho de apoio da população. A realização imediata do concurso público, pedido de paralisação de perseguição e remoção de professores ao interior, reajuste salarial e a volta dos servidores afastados são focos do documento entregue na Secretaria de Educação.

Para a presidente do Sindicado Joelma e o vice-presidente Márcio Farias a paralisação e participação dos professores foi ótima. Durante a passagem do protesto nas ruas os educadores ganharam adesões de outros segmentos.

No ato de protesto....

Os professores cobram da secretária Eliane Melo e do prefeito Alexandre da Carbrás (PSD) a reposição salarial que é assegurada por lei, foi prometida e não foi feita. Eles chamam o prefeito de caloteiro. “Não aceitamos calote, pagamento do retroativo já”, diz a frase na faixa.

A professora Lucenilda Gomes Belchior repudia a demissão em massa dos trabalhadores da educação por parte do prefeito Alexandre da Carbrás e cobra respeito. “Queremos respeito pela nossa classe, valorização de todos os trabalhadores da educação, pois educação de qualidade se faz com valorização e respeito”, pontuou a professora.

A professora Neiva Viana de Souza, protesta contra a demissão em massa pelo prefeito Alexandre da Carbrás e principalmente contra a demissão dos auxiliares do maternal. “Os professores precisam de auxiliares para cuidar das crianças. Queremos respeito, somos cidadãs e queremos respeito e valorização”, protestou.

O professor da Seduc, Raimundo Seffair, foi solidário aos professores demitidos pelo prefeito Alexandre da Carbrás. “A forma como está sendo tratado o professor é um desrespeito total, principalmente em tirar esses profissionais das salas de aula e fica um caos a educação, sem merendeira, sem serviços gerais. Só o professor trabalhando vai dificultar a qualidade de ensino”, repudiou Seffair.

A professora Edna Bentes foi enfática em afirma que processo seletivo não tem garantia de estabilidade e cobra a realização do concurso. “Ele (prefeito Alexandre da Carbrás) disse que iria fazer o concurso. Então que ele faça o concurso, porque o processo seletivo não garante estabilidade para os trabalhadores”, reivindicou.

A professora Walcemira Feijó cobra da administração municipal uma educação digna para o povo parintinense. “Uma educação de qualidade é tudo que nós queremos. Se nossa educação for vista como deveria ser, com certeza faríamos um trabalho bem melhor”, reivindicou a professora.

A professora Eduarda Maria Ferreira dos Santos questiona a suposta “lista negra” com os nomes de educadores que, por retaliação da secretária Eliane Melo, estariam sidos transferidos para a zona rural. “Porque estão mandado pro interior os professores que estão há mais de 15 anos trabalhando na cidade. Eu queria que alguém explicasse porque que está acontecendo isso”, indaga a professora.

Secretária quer reunir com Sindicato

A secretária de educação Eliane Melo não apenas reconheceu como legítimo a ação dos professores e direto dos servidores, como adiantou está aberta ao diálogo. Para Eliane é preciso saber  o que se pede, chamar o sindicado para saber quais são os por quê e reunir.

Legislativo também apoia

Durante a Sessão na Câmara de Vereadores e a galeria lotada de professores, os parlamentares ao utilizarem a tribuna todos declararam apoio à ação.  

 

ParintinsAmazonas, colaboração texto e fotos Marcondes Maciel