A secretaria de cultura mostrou-se ineficiente, para não tascar de “incompetente”, na questão de assessoramento do chefe do poder executivo
Notícia do dia 07/02/2015
Dirigente dos blocos perderam a oportunidade de refletir sobre o crescimento do evento chamado Carnailha. Os impactos na economia e cultura de nossa Ilha de Parintins. Pois é impossível se realizar a temporada momesca, quando mais da metade dos blocos apenas querem se organizar a um mês da disputa e ainda aguardando unicamente de recursos públicos e assim "descer" a avenida.
A secretaria de cultura mostrou-se ineficiente, para não tascar de “incompetente”, na questão de assessoramento do chefe do poder executivo. Sim pois deve fazê-lo entender ou deveria, de fincar e ficar firme nas decisões do formato da disputa tradicional, ou desfile tradicional. Esse tradicional transformou o Carnailha, saído das ruas Boulevar 14 de maio, recriado pelo saudoso Raul Góes Filho, Veramilto Almeida e tantos outros, e fez se transformar na referencia “brincante” do interior, no que tange ao arrastão dos “sujos”, seguidos das chaves A e Especial.
Nossos artistas são geniais na execução de qualquer projeto, mas Carnailha, não é Carnaval de Rio e São Paulo o ponto é o "arrastão". A falta de repasse feita pelo governo estadual e a diminuição drástica do convênio era o start para se suprimir uma noite do evento, no mínimo, fazer a fusão de blocos que são meros “quintais” de famílias. O sistema atual não há “cristão” que pague e dinheiro que dê para a farra.
Dirigentes dos Blocos sepultaram, ao menos em 2015, o Carnaval Tradicional de Nossa Terra, reduzindo em três dias do evento, em "feirões de blocos". Esperamos que o "novo" formato agrade ao menos esses dirigentes, para que depois da folia momesca, não estejam, feito Judas, a questionar a tal formula. Esperamos enquanto site ParintinsAmazonas, tudo de melhor para essa cultura popular brasileira, mas jamais deixar de discorrer sobre tal decisão proposta, posta e aprovada pelos dirigentes dos blocos com aval do executivo, de haver apenas “um” Carnailha "estático" com Rainha, Rei e Comissão de Frente, num palco e o povo a “olhar”, sem a improvisação e êxtases de brincantes e público.
Nosso Carnailha de “sujos” nos moldes do “Commedia dell’arte” na qual Pierrô, Colombina e Arlequim eram serviçais e mantinham triângulo amoroso, no século XVI na Itália, volta de certa maneira a ser “Commedia Erudita” como um teatro estático e onde a sátira, ironia da vida e costumes dos “ poderosos” fica em segundo plano e milimetricamente num quadrado.
