
Um novo ciclo de valorização da identidade cultural e do protagonismo artístico local marca o reinício das atividades da Escola de Arte “Irmão Miguel de Pascale”, em comemoração aos 112 anos do Boi Caprichoso, celebrados em 20 de outubro. Um presente social da gestão de Rossy Amoedo e do vice-presidente Diego Mascarenhas.
A escola, que iniciou com o Projeto “Caprichoso nas Ruas” em 1997, comemora 28 anos como um dos projetos sociais mais duradouros do município de Parintins. Em 2025, concretiza o Projeto “Caprichoso Trilhas para o Futuro: Arte, Ancestralidade, Tecnologia e Consciência Ambiental”, atendendo 380 alunos nos turnos matutino e vespertino, com previsão de início do turno noturno em breve.
No novo formato, o espaço volta a ser referência para artistas, alunos e comunidade, fortalecendo tradições, incentivando a criatividade e promovendo o acesso à arte em suas diversas expressões. Os cursos oferecidos incluem dança, pintura artística, desenho, pintura digital e percussão. Ao longo do ano, serão incorporadas oficinas de “Luzes que Dançam”, escultura digital e “Retalhos da Cultura”.
A gestora e projetista Irian Butel celebra a reabertura com uma equipe multiprofissional e de alto nível, destacando os investimentos conquistados pela presidência do Boi. “Estamos esperançosos com esse resultado. É importante registrar que essas atividades só foram possíveis graças aos recursos repassados pela deputada estadual Mayra Dias, deputado estadual Thiago Abrahin e pela empresa Super Terminais”, agradece.
O vice-presidente Diego Mascarenhas visitou a escola na tarde desta terça-feira (21), reafirmando o compromisso da administração com o torcedor Caprichoso e com a cidade de Parintins, recordando os primeiros gestores. “Tudo começou com Dona Graça Assayag e hoje temos uma equipe multiprofissional comandada pela professora Irian Butel, mantendo o alto nível dos cursos”, ressaltou.
Diego acrescenta que novos projetos estão sendo desenvolvidos para captação de recursos, assegurando o funcionamento da escola durante todo o ano.
Glenda Azevedo, assistente social e ex-aluna da escolinha, onde estudou dança com Jair Almeida e Marcos Falcão, e percussão com seu pai, Edson Azevedo, integra o quadro da nova escola e reforça que a cultura é tratada como direito social. “A criança tem direito a um espaço cultural e a uma escola de qualidade. Trabalhamos no contraturno: pela manhã a criança está na escola regular e à tarde participa do projeto de cultura, arte e educação”, destaca.
As oficinas ganharam novo formato. O que antes se inspirava apenas na dança do boi-bumbá hoje incorpora o Boi Espiralé, combinando a dança do boi-bumbá, dança moderna e balé clássico.
Nesse conceito, o coreógrafo e dançarino Alex Carvalho, do Corpo de Dança CDC, afirma que é possível buscar inspiração em outras culturas para descobrir novos talentos para o futuro Caprichoso.
Para a transição do desenho tradicional para a pintura digital, a arte-educadora Ananda Cid trabalha com ferramentas e tecnologias digitais, preparando futuramente alunos capazes de produzir trabalhos em 3D, explica Glenda Azevedo. “Antes, o desenho era feito apenas no papel. Agora, a escolinha investe em tecnologia, e o aluno aprende a técnica do desenho em mesa digital”, informa.
A inclusão e a equidade caminham juntas no Curso de Desenho ministrado pela arte-educadora Amanda Chagas. Jonathas Luiz, 12 anos, com síndrome de Down, é acompanhado pela professora Karliney Silva.
“É um momento que marca essa reabertura, adaptando a arte à realidade dos alunos PCDs”, concluiu Glenda.
A escola reabriu com equipe formada pelos seguintes profissionais:
Gestora e projetista: Irian Butel
Vice-gestor e coordenador artístico: Glaedson Azevedo
Assistentes sociais: Glenda Azevedo e Bruna Leonarda
Pedagogas: Sanna Damasceno e Keiciane Tavares
Social media: Malu Verçosa
Videomaker: Eduarda Portelinha
Arte-educadores:
Pintura digital: Idevan Souza e Ananda Cid
Percussão: Edson Azevedo Jr. e mestre Edson Azevedo
Desenho: Levi Gama
Pintura: Amanda Chagas
Dança: Jorge Fontenelle e Alex Pereira