Rodrigo é casado com a parintinense Nelice Ferreira, 24 anos. O casal tem uma filha de 5 meses.
Notícia do dia 27/05/2024
O gaúcho Rodrigo Merib, 29 anos, natural da cidade de Lagoa Vermelha, no Rio Grande do Sul, é uma das vítimas afetadas pela enchente que assola o estado. Rodrigo é casado com a parintinense Nelice Ferreira, 24 anos. O casal tem uma filha de 5 meses.
Eles moravam com a avó de Rodrigo, a senhora Clotilde Merib Godinho, de 89 anos, na cidade de Canoas, uma das mais afetadas pelas águas.
Em contato com a reportagem do site ParintinsAmazonas, Rodrigo contou que a casa ficou completamente inundada. "Quando começou a subir a água eram duas da manhã. Tinha um galinheiro atrás de casa e as galinhas ficaram 'alvoroçadas'. Decidi verificar para ver se não era ladrão, e quando coloquei o pé fora da cama, eu senti a água. Peguei minha mulher, minha neném de 5 meses, minha vó, o mais necessário e saímos correndo”, relatou Rodrigo.
A parintinense Nelice Ferreira também relatou à reportagem os momentos de angústia que viveram no dia que precisaram sair de casa. "A água veio por trás, a gente teve que sair rápido e ainda bem que eu ando com uma bolsa pronta da bebê, de passeio, que toda mãe faz isso, e foi a única coisa que eu consegui salvar, a bolsinha dela e alguns documentos. Ele (Rodrigo) saiu com a bebê suspensa, erguida no braço, enquanto eu ia atrás desperada, falando que a gente não iria conseguir, que eu não sabia nadar, e o desespero era tão grande, mas graças a Deus conseguimos ir para uma superfície mais alta, onde ficamos até a gente conseguir resgate”, contou Nelice.
Após serem resgatados, a família foi buscar abrigo na cidade de Passo Fundo, onde mora a mãe de Rodrigo. O casal já havia morado por cerca de 3 meses em Parintins. Com a situação de calamidade na cidade gaúcha, eles decidiram retornar a Parintins e recomeçar a vida na cidade natal de Nelice.
"Não temos expectativas de voltar para lá. Não seria fácil, não seria viável, não conseguiríamos reconstruir as coisas, porque a cidade ficou numa situação bem crítica. Pretendemos ficar aqui em Parintins. Eu já tenho a minha família e agora eu pretendo construir os bens para a minha família, deixar minha esposa bem, minha filha bem, e ficarmos estruturados por aqui”, informa Rodrigo.
A família tem uma casa inacabada no final da Rua 7, no Bairro Itaúna 2. De acordo com Rodrigo, eles estão precisando de materiais de construção, como tijolos, areia, cimento, para a continuidade da obra.
Ele conta que a família também ainda não tem fogão. "A maior dificuldade que estamos passando é ter que recomeçar. Mas a minha maior preocupação é com a minha filha e com a minha mulher. A minha neném tem intolerância a lactose, ela toma um leite especial que é o Aptamil Profutura, a lata custa 96 reais, agradeceria se pudessem nos ajudar com isso também, até a gente se reerguer”, relata Rodrigo.
O casal decidiu colocar uma banca de churrasco em Parintins que se chamará "Espetinho do Gaúcho". Inicialmente, a venda vai ser em frente a casa da sogra de Rodrigo, na Rua 11, n 3365, do Bairro Paulo Corrêa.
A expectativa de venda maior é no período do Festival Folclórico que acontece de 28 a 30 de junho e na Festa de Nossa Senhora do Carmo, que ocorre do dia 6 a 16 de julho.
DOAÇÃO PIX
Qualquer ajuda em dinheiro, pode ser enviada para a Chave Pix 02134110244, no nome de Anelizy Clotilde Merib Batalha.
Texto: Rafaela Souza / Hudson Lima
Edição: Mayara Carneiro
(92) 991542015