Fotos: Divulgação
Notícia do dia 09/12/2025
Com investimento de R$ 1.000.000, O Governo Federal (Governo Lula), em parceria com o Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (Icsez), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), cria o primeiro “Centro de Formação Juventudes Amazônidas em Movimento”. O convênio oficial foi divulgado no dia 03 de dezembro, no Diário Oficial da União e assinado pela reitora da Ufam, Tanara Lauschner, e por Elias Moraes de Araújo, da Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (F.UEA), responsável pela gestão do recurso.
O projeto integra um conjunto de políticas educacionais para a juventude incentivadas pela Coordenação-Geral de Políticas Educacionais para as Juventudes do Ministério da Educação (MEC), do Governo Federal. A coordenação está sob a responsabilidade da Profa. Msc. Marklize dos Santos e do vice-coordenador Prof. Dr. Gladson Rosas Hauradou, ambos do curso de Serviço Social (UFAM).
A equipe de concepção e execução é formada, além da coordenação, por professores da Ufam, pela Profa. Dra. Sandra Damasceno da Rocha, do curso de Serviço Social; Profa. Dra. Clarissa Lopes Suzuki, do curso de Artes Visuais; Prof. Dr. Patrício Azevedo Ribeiro, do curso de Serviço Social; e Prof. Dr. Carlos Carvalho da Silva, também do curso de Artes Visuais.
A coordenadora do projeto, Profa. MSc. Marklize dos Santos, explica que a iniciativa nasceu de uma demanda direta do Ministério da Educação. “Esse projeto surge a partir de uma provocação da Coordenação de Juventudes do MEC, coordenada pelo Yan Evanovick, que nos convidou a apresentar uma proposta de um centro de formação voltado à qualificação da juventude do Baixo Amazonas. Desde então, temos articulado com professores para construir um centro de formação que trabalhe com diversas dimensões da educação, envolvendo juventudes indígenas, quilombolas, movimento estudantil, artes e culturas populares. É uma atividade ampla, que integra diferentes ações, mas que só se tornou possível graças ao diálogo com essa coordenação de juventudes”.
Além do caráter formativo e acadêmico, o Centro também representa um alinhamento direto com as prioridades nacionais para a juventude. Marklize destaca que a iniciativa dialoga com a agenda do Governo. “O presidente Lula tem demonstrado uma preocupação muito grande com as juventudes brasileiras, e essa experiência que vamos realizar aqui em Parintins, que é a sede, mas atenderá todo o Baixo Amazonas, tem potencial para se tornar uma ferramenta importante de políticas públicas para a juventude no Brasil. Nossa expectativa é que o projeto dê muito certo, que realizemos um excelente trabalho para essa juventude e que essa parceria com o Governo Federal, por meio do MEC, se consolide. Queremos que a região Norte assuma um pioneirismo que consideramos fundamental para o fortalecimento das políticas públicas brasileiras”, declarou Marklize.

Objetivos do projeto e participação da comunidade
O Centro de Formação vai atuar na região do Baixo Amazonas a partir de três frentes. A primeira será na formação de jovens estudantes quilombolas (Rio Andirá, BA/AM) e indígenas (Aldeia Ponta Alegre, BAE/AM, e Aldeia Kassawa/Nhamundá/AM), acerca das questões étnico-raciais e de seus direitos na defesa dos territórios, tendo em vista a constituição de multiplicadores para a promoção da cidadania.
A segunda frente será voltada para a formação de jovens no contexto escolar e universitário nas áreas das artes e culturas populares, visuais, musicais, da cena e do corpo, articulando os saberes que circulam no território da cidade de Parintins/Amazonas.
A terceira frente será a formação para a organização política estudantil, com foco no fortalecimento de coletivos de estudantes, grêmios, diretórios, movimento estudantil secundarista e suas redes na região do Baixo Amazonas, e no protagonismo juvenil para a construção de instituições de ensino democráticas e participativas.
Em meio à preparação para o início das atividades do Centro, a coordenação reforça que a iniciativa nasce no interior do Amazonas e depende da participação ativa da comunidade. O vice-coordenador Prof. Dr. Gladson Rosas Hauradou enfatizou que o projeto é uma construção coletiva:
“Eu faço parte da gestão do projeto na coordenação com a professora, juntamente com os demais professores. Só para lembrar, professora Clarissa Suzuki, professora Sandra Damasceno, professor Carlos Carvalho, Patrício Ribeiro. A proposta inicial foi justamente possibilitar uma formação bem abrangente sobre as questões étnico-raciais, a própria formação política e, posteriormente, houve um amadurecimento para incluir também uma formação institucional”.
Ao destacar o caráter regional do projeto, Gladson convoca os jovens para a etapa de inscrição:
“O projeto tem como centro de produção o Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ), ou seja, estamos falando de uma iniciativa construída no interior do Estado do Amazonas, com potencialidades diversas. Aproveitamos para convidar a população, sobretudo os jovens, para que fiquem atentos ao mês de março, quando realizaremos as inscrições para o início das atividades. Temos uma série de ações que serão desenvolvidas ao longo de um ano, e contamos com a comunidade parintinense e do Baixo Amazonas para construir esse empreendimento. Reforçando, trata-se de um projeto inovador, concebido aqui na região, que servirá de referência para futuras políticas públicas”, disse Gladson.
Sede em Parintins
O Centro terá sede em Parintins, no prédio da Ufamzinha, e atuação na região do Baixo Amazonas. O projeto ofertará 29 bolsas para estudantes de nível médio, superior, graduados, mestres e doutores, com execução de até 12 meses, além de demais alocações financeiras para custear materiais pedagógicos, equipamentos, transportes e demais ações e serviços do projeto.
A coordenação do projeto e a gestão do ICSEZ estão em tratativas com a Prefeitura Municipal de Parintins para a criação de um acordo de cooperação para o andamento do projeto.