Parceria entre SEMED e Programa de Extensão da UFAM elabora material didático na língua Sateré-Mawé

A professora Rosana Ramos, a iniciativa é resultado da observação feita em projetos de pesquisa já realizados pela universidade que detectaram a dificuldade de comunicação entre alunos indígenas e professores.

Parceria entre SEMED e Programa de Extensão da UFAM elabora material didático na língua Sateré-Mawé Notícia do dia 11/01/2023

Uma parceria entre o Programa Atividade Curricular de Extensão (PACE), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Secretaria Municipal de Educação (SEMED), através da Coordenação de Educação Escolar Indígena, resultou na elaboração de um material didático impresso sobre os elementos básicos da língua Sateré-Mawé. O material será disponibilizado nas escolas municipais urbanas de Parintins que recebem alunos indígenas.

 

O projeto é coordenado pela professora doutora Rosana Ramos de Souza, docente do curso de Pedagogia do ICSEZ/UFAM em Parintins, e conta com a revisão e colaboração dos professores bilíngues Edinelson Monteiro e Leonardo Miquiles, ambos da etnia Sateré-Mawé e servidores públicos municipais.

Como parte do projeto denominado “Visibilidade dos alunos indígenas e reconhecimento da língua Sateré-Mawé nas escolas urbanas de Parintins”, os professores Edinelson e Leonardo ministraram na tarde desta terça-feira,10 de janeiro, na UFAM, a oficina “Primeiras palavras na língua Sateré-Mawé”, ofertada a discentes do PIBID do curso de Pedagogia.

 

De acordo com a professora Rosana Ramos, a iniciativa é resultado da observação feita em projetos de pesquisa já realizados pela universidade que detectaram a dificuldade de comunicação entre alunos indígenas e professores. “Vimos que tem pouco material escrito, então antes fizemos um projeto de pesquisa para chegarmos ao projeto de extensão. Buscamos palavras como ‘bom dia’, por exemplo, falada e escrita e vamos levar aos professores lá na escola, mas antes vamos trabalhar toda a consciência, a apropriação com nossos alunos aqui na universidade”.

 

De acordo com a Coordenação de Educação Escolar Indígena da SEMED, em 2022 aproximadamente 90 alunos indígenas frequentaram as aulas em escolas municipais urbanas, nas modalidades Educação Infantil e Ensino Fundamental I e II. As escolas municipais Mércia Coimbra e Charles Garcia detém a maior concentração desses alunos.