Projeto ‘Para além do Ajeum’ valoriza a etnogastronomia e fortalece a cultura afro-brasileira como resistência

Projeto ‘Para além do Ajeum’ valoriza a etnogastronomia e fortalece a cultura afro-brasileira como resistência Fotos: Keyciane Tavares Notícia do dia 21/10/2025

PARINTINS -  ‘Para além do Ajeum’, idealizado pela cozinheira Maria Alcineia, proponente do projeto, tem como objetivo promover atividades socioculturais no campo da etnogastronomia, valorizando os saberes ancestrais da culinária afro-brasileira e amazônica. A iniciativa inclui um ciclo de palestras intitulado “Ajeum – Cultura e Resistência”, que abordará a etnogastronomia do ajeum. O evento de encerramento será uma mostra gastronômica, realizado no dia 20 de novembro (Dia da Consciência Negra), no Terreiro de Umbanda e Centro Cultural Ogum Beira-Mar e Cabocla Mariana, em Parintins (a 369 quilômetros de Manaus).

 

Com apoio do Governo do Estado, por meio do Conselho Estadual de Cultura e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC), e do Governo Federal, o projeto foi contemplado com incentivo da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB).

 

Voltado à preservação e celebração das tradições, o projeto prevê a seleção de sete tipos de alimentos que servirão de inspiração para uma oficina prática sobre a etnogastronomia do ajeum, realizados no Terreiro de Umbanda e Centro Cultural Ogum Beira-Mar e Cabocla Mariana. Para encerrar o projeto, a mostra gastronômica apresentará pratos baseados nos saberes ancestrais e na resistência cultural expressa pela culinária, celebrando a riqueza cultural e espiritual dessa tradição.

 

 

Segundo Maria Alcineia, o objetivo geral é promover atividades socioculturais relacionadas à etnogastronomia, valorizando o ajeum ( prática alimentar que significa “comer juntos” ou “refeição em grupo”), como alimento que purifica a alma e pode ajudar a combater preconceitos e intolerância religiosa.

 

“O projeto busca resgatar e difundir a importância do ajeum nos terreiros de Umbanda, promovendo o respeito à diversidade cultural e religiosa por meio da culinária, um elo que conecta história, fé e identidade”, destacou a proponente do projeto.