Fotos: Arthur Castro / Secom-AM
Notícia do dia 07/11/2025
O Amazonas vive uma transformação que o coloca no centro da segurança energética do Brasil. Com 42 bilhões de metros cúbicos de reservas comprovadas, e potencial para atingir 100 bilhões, o estado reúne 13% das reservas nacionais de gás natural, volume suficiente para abastecer cerca de 3,7 milhões de residências por mais de 20 anos. Essa riqueza energética faz do Amazonas uma referência em energia limpa e desenvolvimento sustentável, consolidando sua posição como uma nova matriz energética brasileira.
O modelo, conduzido pela gestão do governador Wilson Lima (União Brasil), será apresentado na COP 30, em Belém (PA), a partir de segunda-feira (10/11), como exemplo de política pública integrada ao meio ambiente. Durante o evento, será lançada a Política Estadual de Transição Energética (PETEN), que prevê reduzir em 50% o consumo de diesel nos sistemas isolados e eliminar a pobreza energética até 2030, consolidando o Amazonas como referência nacional na construção de uma matriz energética mais limpa e sustentável.
A partir de decisões estratégicas, o estado, que antes exportava apenas matéria-prima, passou a exportar energia, tecnologia e conhecimento. A cadeia produtiva do gás natural, liderada pela Eneva, empresa brasileira de geração e comercialização de energia, transformou municípios como Silves e Itapiranga símbolos de uma era de desenvolvimento sustentável na Amazônia.
Descoberto em 1999 e hoje em plena operação, o Campo do Azulão, em Silves (200 quilômetros de Manaus), é responsável pela extração do gás natural que abastece termelétricas, gera empregos locais e movimenta a economia do interior. A produção já beneficia diretamente milhares de famílias e, indiretamente, abastece todo o Norte, incluindo o estado de Roraima, que reduziu em 95% os apagões desde o início do fornecimento. O empreendimento é considerado o maior projeto de gás em terra, em operação no país, e um marco da nova política energética do Amazonas.

“O gás natural é hoje o combustível que está transformando a economia do nosso estado. Ele gera oportunidades no interior, fortalece a nossa matriz energética e ajuda o Norte a crescer com responsabilidade ambiental”, afirma Wilson Lima.
Em Silves, o gás deixou de ser apenas uma riqueza do subsolo para se tornar um motor de desenvolvimento social. A chegada da Eneva trouxe empregos diretos, formação técnica e programas sociais. Os royalties municipais somam cerca de R$ 2 milhões por ano, investidos em educação, saúde e infraestrutura.
Além disso, o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) já formou as primeiras turmas de técnicos especializados para atuar no setor: 81 alunos concluíram os cursos de sistemas a gás, eletromecânica e agropecuária, com bolsas custeadas pela empresa, e 27 foram imediatamente contratados. E mais: o programa Elas Empreendedoras capacita mulheres para abrir negócios em áreas como alimentação, costura e artesanato, fortalecendo o empreendedorismo feminino e a autonomia financeira no interior.
“A energia que nasce no interior, em Silves, hoje move turbinas, indústrias e vidas. O estado, que antes exportava matéria-prima, agora exporta energia e conhecimento, firmando-se como potência da nova economia verde do Brasil”, destaca Marcellus Campêlo, segundo vice-presidente estadual do União Brasil.
METAS OUSADAS – A presença do Amazonas na COP 30 reforça a projeção do estado no cenário global. O lançamento da Política Estadual de Transição Energética (PETEN) estabelece metas ousadas: reduzir em 50% o consumo de diesel nos sistemas isolados, ampliar o uso de fontes limpas e eliminar a pobreza energética até 2030. O plano parte de uma visão que concilia a riqueza natural da Amazônia com inovação e responsabilidade ambiental.
“A transição energética precisa respeitar as realidades regionais. O gás é a ponte que liga o nosso presente a um futuro de energia mais limpa, sem abrir mão do desenvolvimento social”, diz Sérgio Litaiff, 3º vice-presidente estadual do União Brasil.