Brena faz vídeo e diz ser vítima, enquanto seus coordenadores de campanha foram indiciados pela PF no QG do Crime

O inquérito segue agora para o Ministério Público Eleitoral, que poderá ingressar com ações judiciais e até pedir a inelegibilidade de Brena Dianná

Brena faz vídeo e diz ser vítima, enquanto seus coordenadores de campanha foram indiciados pela PF no QG do Crime Policia federal concluiu o inquérito Notícia do dia 29/08/2025

O discurso ensaiado de vítima da ex-candidata derrotada à Prefeitura de Parintins, Brena Dianná (União Brasil), postados nas suas redes sociais, não resiste diante das revelações da Polícia Federal.

 

A conclusão do inquérito da Operação Tupinambarana Liberta, divulgada em 27 de agosto de 2025, aponta que toda uma engrenagem criminosa foi montada para sustentar sua candidatura em 2024, colocando em risco a democracia e a liberdade do eleitor parintinense. Ela seria peça chave desse enredo nebuloso. 

 

 

Coordenadores de campanha indiciados 

 

Foram formalmente indiciados cinco agentes públicos pelos crimes de organização criminosa, corrupção eleitoral e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito:

  • Marcos Apolo Muniz de Araújo, ex-secretário de Cultura e Economia Criativa;

 

  • Fabrício Rogério Cyrino Barbosa, ex-secretário de Administração;

 

  • Armando Silva do Valle, ex-presidente da Cosama;

 

  • Tenente-coronel Jackson Ribeiro dos Santos, ex-comandante da ROCAM;

 

  • Capitão Guilherme Navarro Barbosa Martins, ex-comandante do COE.

 

Fora os militares, os demais todos foram apontados como coordenadores de campanha de Brena Dianná em Parintins, e, segundo a PF, comandavam reuniões no chamado QG do Crime e em outros espaços, incluindo até uma sala do Liceu de Artes Cláudio Santoro, pedindo votos e apoio em nome da candidata.

 

 

Evidências reunidas pela PF

 

O inquérito traz imagens de encontros políticos com circulação de dinheiro ao fundo, denúncias de que traficantes ameaçavam eleitores em bairros inteiros para restringir a atuação de adversários e áudios em que o nome de Brena era citado como beneficiária direta. 

 

O discurso de vítima no vídeo 

 

Em um vídeo recente , Brena Dianná afirma ter sido alvo de uma narrativa “armada” para desqualificar sua candidatura a prefeita. Ela diz que liderava todas as pesquisas e que venceria a eleição de 2024. Também sustenta ser vítima de fake news e ressalta que nunca foi indiciada pela PF como parte do núcleo do QG do Crime.

 

No entanto, ela omite que todos os indiciados eram seus coordenadores de campanha, atuando para tomar “na marra” a prefeitura em favor de sua candidatura.

VÍDEO ASSISTA AQUI 

 

O relatório da PF destaca que os indiciados,  ligados à máquina do governo estadual da época, usaram sua estrutura de poder para fortalecer a campanha de Brena em Parintins.

Uma verdade que Dianná falou no vídeo é que a revelação do QG do Crime de Parintins, ajudou mesmo a derrotar sua candidatura. Mas não pelas tais narrativas, que ela fala, e sim pelo fato do cidadão eleitor, ter ficado indignado com o plano macabro do QG do Crime. Coisa de cinema e mafiosos, jamais vista no Amazonas. 

 

A PF também nunca disse que indiciou Brena, só indiciou seus coordenadores de campanha que atuaram no QG. 

 

Caminho na Justiça Eleitoral 

 

O inquérito segue agora para o Ministério Público Eleitoral, que poderá ingressar com ações judiciais e até pedir a inelegibilidade de Brena Dianná. Para os investigadores, sua candidatura não foi apenas beneficiada, mas foi o centro de um esquema criminoso que tentou sequestrar a democracia em Parintins.