Fotos: Monique Furtado
Notícia do dia 08/03/2025
Da Redação: No dia 26 de março, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) realizará a eleição para reitor e vice-reitor do quadriênio 2025-2029. Entre os concorrentes, a Chapa 23, intitulada “Somos Mais Ufam”, disputa a liderança da instituição com o professor Allan Rodrigues como candidato a reitor e o professor Victor Lamarão como candidato a vice-reitor.
Os candidatos visitaram o Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ), em Parintins, para apresentar suas propostas e ouvir a comunidade acadêmica. Durante a visita, a equipe do site ParintinsAmazonas entrevistou Allan Rodrigues. Ao ser questionado sobre sua motivação para concorrer à reitoria, o professor ressaltou seu compromisso com a expansão e fortalecimento do ensino público, gratuito e de qualidade, especialmente no interior do Amazonas.
“Tenho trabalhado muito com gestão na universidade. Temos um trabalho muito antigo e contínuo no interior, principalmente aqui em Parintins, no ICSEZ, onde já realizei vários eventos, várias parcerias com professores daqui. Estamos candidatos à reitoria no sentido de recuperar o protagonismo e a importância da nossa Universidade Federal do Amazonas, para que ela se torne não somente a universidade mais antiga do Brasil, mas também a mais importante do norte do país e uma das mais importantes do Brasil. E para isso ela precisa, por exemplo, cumprir o seu compromisso institucional de fazer ensino superior público, gratuito e de qualidade aqui em Parintins, em Coari, em Humaitá, Itacoatiara e em Benjamin Constant.”, afirmou.
Um dos desafios enfrentados pela comunidade acadêmica no interior do estado é a falta de professores e servidores, problema agravado por remoções para outras cidades, muitas vezes por questões de saúde ou necessidades familiares.
Para enfrentar essa questão, Allan Rodrigues propõe uma série de medidas, incluindo a solicitação de novas vagas junto ao Ministério da Educação (MEC), a criação de um edital de remoção interna e a implementação de ações para incentivar a fixação de docentes e técnicos administrativos no interior.
O candidato destacou a necessidade de atuação direta da reitoria para garantir mais vagas na universidade. “Temos várias políticas. A primeira delas é lutar por novas vagas junto ao MEC. É uma luta política que precisa ser feita em Brasília, e a reitoria vai se empenhar bastante para isso”, afirmou.
Outra iniciativa é a criação de um edital de remoção interna, permitindo que servidores manifestem interesse em mudança de localidade dentro da própria instituição. “Se um servidor que está em Parintins deseja ir para Manaus, por exemplo, ele poderá comunicar a administração superior e participar desse processo de remoção”, explicou o candidato.
Para estimular a permanência de profissionais no interior, a chapa propõe um auxílio financeiro adicional para professores e técnicos administrativos. “Morar no interior tem um custo maior do que morar em Manaus. Nossa ideia é garantir um acréscimo salarial para que esses profissionais possam permanecer e contribuir com a universidade no interior”, defendeu.
Além disso, o fortalecimento da qualificação profissional foi apontado como uma estratégia essencial para garantir a fixação de servidores no interior. “Vamos oferecer mestrados e doutorados para os professores que já estão aqui, assim como para aqueles que ainda estão em formação. Isso ajudará na permanência dos servidores e na melhoria da qualidade do ensino”, disse.
Outro ponto central da proposta da Chapa 23 é a valorização do ensino no interior do estado. Para isso, Allan Rodrigues propõe a criação de uma Pró-Reitoria do Interior, que atuaria diretamente na formulação e execução de políticas voltadas para os institutos fora de Manaus.
"Vamos priorizar o ensino no interior e garantir que nossa administração tenha a participação ativa de professores e servidores técnicos-administrativos. Dessa forma, todas as decisões em ensino, pesquisa, extensão e inovação considerarão as necessidades específicas dessas unidades", explicou.
Assista:
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Por Rafaela Alexandrino – Jornalista (DRT-0002035-AM)
