Pós-COP 30: Inovações tecnológicas e avanços em discussões de sustentabilidade se destacam como legado da conferência

Projeto de startup amazonense apresentado na COP 30 destacou a importância dos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER)

Pós-COP 30: Inovações tecnológicas e avanços em discussões de sustentabilidade se destacam como legado da conferência FOTOS: Divulgação/Assessoria Notícia do dia 18/12/2025

Quase um mês após o fim da COP 30, evento que marcou o encontro entre líderes mundiais, instituições públicas, privadas e representantes de organização civil, as discussões abordadas na conferência seguem repercutindo. Questões como sustentabilidade, inovações tecnológicas e o papel da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) se destacaram como essenciais para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas ao meio ambiente. 

 

Um dos projetos apresentados no evento, levado diretamente do Amazonas, foi o NFT Hope Green. A tecnologia funciona colocando em cada árvore um (NFT), que atua como se fosse uma ficha de dados que acompanha seu crescimento, ciclo de produção e outras necessidades. 

 

A partir disso, agricultores que precisam plantar vários tipos de mudas, por exemplo, conseguem ter um aproveitamento melhor do seu trabalho. Na plataforma Hope Green, ao adquirir o NFT, o consumidor consegue ver o nome e o endereço do agricultor familiar, as mudas florestais e frutíferas plantadas e todo o histórico do local de plantação. 

 

Para o desenvolvimento do projeto, um dos pilares utilizados foi a Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), que desenvolve um papel essencial na contribuição da qualidade de vida e aumento de renda dos agricultores familiares.

 

 

De acordo com a Ana Paula Paiva, engenheira florestal e agente de ATER, apresentar o trabalho desenvolvido pela equipe do projeto em uma conferência climática como a COP 30 trouxe discussões e retornos positivos. 

 

“Ao final da apresentação, surgiram trocas riquíssimas sobre governança socioambiental e sobre como a aproximação entre o setor público e o setor privado pode gerar soluções reais, consistentes e transformadoras. O que mais encantou a audiência foi perceber o impacto concreto que o projeto gera na vida das famílias rurais, aliado ao retorno institucional e de imagem para a empresa parceira”, destacou. 

 

Ao todo, 75 produtores rurais já utilizam a tecnologia no Amazonas. De acordo com o CEO da startup responsável pela implementação do projeto, Expedito Belmont, a COP 30 abre portas importantes para o setor de tecnologia. 

 

“Para nós, a mensagem que ficou da COP 30 foi muito clara: um futuro sustentável se constrói com presença e atuação no território. A tecnologia precisa servir quem faz a ponte entre políticas públicas e vida real, principalmente na Amazônia, que possui inúmeros desafios”, acrescentou. 

 

Parceria

 

A plataforma Hope Green foi criada por uma startup amazonense, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam).