Morre Padre Benito Di Pietro, aos 89 anos, o sacerdote das grandes obras de Parintins

Nascido em 28 de agosto de 1936 e ordenado sacerdote em 30 de março de 1963, Padre Benito chegou ao Brasil em 8 de dezembro de 1967 para atuar na Diocese de Parintins, convidado por Dom Arcangelo Cerqua, o primeiro bispo da Diocese.

Morre Padre Benito Di Pietro, aos 89 anos, o sacerdote das grandes obras de Parintins Padre Benito Di Pietro Notícia do dia 15/09/2025

O missionário italiano Padre Benito Di Pietro faleceu nesta segunda-feira, 15 de setembro de 2025, na cidade de Lecco Itália, aos 89 anos. Nascido em 28 de agosto de 1936 e ordenado sacerdote em 30 de março de 1963, Padre Benito chegou ao Brasil em 8 de dezembro de 1967 para atuar na Diocese de Parintins, convidado por Dom Arcangelo Cerqua, o primeiro bispo da Diocese. Padre Benito Di Pietro era missionário do PIME  Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras. 

 

Na sua ordenação, foram também consagrados os padres Gabriel Módica e Enrique Pagani, que assim como ele atuaram no Baixo Amazonas.

 

Sua primeira missão em terras amazônicas foi em Nhamundá, na Paróquia de Nossa Senhora da Assunção, em 20 de abril de 1968. Ali, como coadjutor do então vigário Padre Gabriel, iniciou uma caminhada que lhe renderia o apelido carinhoso de Padre Bento, permanecendo mais de 20 anos como missionário junto ao povo.

 

O construtor de obras e sonhos

 

Na década de 1990, Padre Benito assumiu a Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes, em Parintins, auxiliando Dom João Risatti, o segundo bispo da Diocese. Também trabalhou com Dom Gino Malvestio, terceiro bispo da Diocese de Parintins, que faleceu em 7 de setembro de 1997, e seguiu colaborando na missão com o quarto bispo, Dom Giuliano Frigeni.

 

Foi na Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes que ele imprimiu sua marca como grande construtor e homem de fé prática. Criou projetos sociais que transformaram gerações, como a Casa de Acolhida de Santa Rita e a Casa de Acolhida Núcleo, no bairro Nossa Senhora de Nazaré, oferecendo oportunidades a jovens e adolescentes em cursos de arte, pintura, corte e costura.

 

Construiu e reformou escolas como os Centros Educacionais Palmares, Sementinha e Novo Horizonte. Padre Benito também deixou como legado igrejas que hoje fazem parte da paisagem e da fé parintinense: a atual Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, a Igreja de São Vicente de Paulo, a Igreja de Santa Rita de Cássia e a reforma e ampliação da Igreja de Nossa Senhora de Nazaré.

 

 

A fé que navegava pelos rios

 

A partir de 2005, atuou na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, Vila Amazônia e, depois, na Cáritas da Diocese de Parintins, sempre voltado à caridade e ao serviço. Incentivou a criação de centenas de associações em comunidades rurais e apoiou eventos culturais nas áreas do Tracajá, Mamuru e rio Uaicurapá.

 

Com o barco São Pancrácio, percorria rios e igarapés, levando não apenas a mensagem do Evangelho, mas também assistência social. Construiu casas para casais e famílias humildes, chamava de “empréstimo”, mas nunca cobrava nada.

 

Padre Benito reunia centenas de jovens nos cursos de catequese na antiga Olaria dos Padres e deixou lembranças inesquecíveis de formação cristã e social.

 

O homem, o boi e a devoção

 

 

Torcedor assumido do Boi Caprichoso, carregava a paixão azulada no coração, mas sempre dizia que nada superava sua devoção a Nossa Senhora.

Missionário de Deus, simples e sensato, passou mais de 50 anos na Amazônia. Nos últimos dez anos, dividiu-se entre idas e vindas à Itália, já contrariado, pois dizia que gostaria de viver e morrer na Amazônia, terra que adotou como sua.

 

Um adeus agradecido

 

Padre Benito não foi apenas sacerdote, foi pai, irmão e amigo do povo. Seu legado é visível em igrejas, escolas, projetos sociais e, sobretudo, na vida de milhares de famílias que ajudou.

 

Deixo aqui minha gratidão pessoal:
Obrigado por tudo, Padre Benito Di Pietro!

 

Texto: Hudson Lima

Jornalista 

(92) 991542015

 

Muore Padre Benito Di Pietro, a 89 anni, il sacerdote delle grandi opere di Parintins

Il missionario italiano Padre Benito Di Pietro è morto lunedì, 15 settembre 2025, in Italia, all’età di 89 anni. Nato il 28 agosto 1936 e ordinato sacerdote il 30 marzo 1963, Padre Benito arrivò in Brasile l’8 dicembre 1967 per lavorare nella Diocesi di Parintins, invitato da Dom Arcangelo Cerqua, il primo vescovo della Diocesi.

Nella sua ordinazione furono consacrati anche i padri Gabriel Módica ed Enrique Pagani, che come lui operarono nel Basso Amazonas. La sua prima missione in Amazzonia fu a Nhamundá, nella Parrocchia di Nostra Signora dell’Assunzione, il 20 aprile 1968. Lì, come coadiutore del parroco Padre Gabriel, iniziò un cammino che gli valse il soprannome affettuoso di Padre Bento, restando più di 20 anni come missionario accanto al popolo.

Il costruttore di opere e sogni

Negli anni ’90, Padre Benito assunse la Parrocchia di Nostra Signora di Lourdes, a Parintins, collaborando con Dom João Risatti, il secondo vescovo della Diocesi. Lavorò anche con Dom Gino Malvestio, terzo vescovo della Diocesi di Parintins, morto il 7 settembre 1997, e successivamente con il quarto vescovo, Dom Giuliano Frigeni.

Fu nella Parrocchia di Nostra Signora di Lourdes che impresse il suo segno come grande costruttore e uomo di fede concreta. Creò progetti sociali che trasformarono generazioni, come la Casa di Accoglienza di Santa Rita e la Casa di Accoglienza Núcleo, nel quartiere di Nostra Signora di Nazaré, offrendo opportunità a giovani e adolescenti in corsi di arte, pittura, taglio e cucito.

Costruì e ristrutturò scuole come i Centri Educativi Palmares, Sementinha e Novo Horizonte. Padre Benito lasciò anche come eredità chiese che oggi fanno parte del paesaggio e della fede parintinense: l’attuale Chiesa di Nostra Signora di Lourdes, la Chiesa di San Vincenzo de Paoli, la Chiesa di Santa Rita da Cascia e la riforma e ampliamento della Chiesa di Nostra Signora di Nazaré.

La fede che navigava nei fiumi

Negli anni 2010, operò nella Parrocchia del Sacro Cuore di Gesù e poi nella Caritas della Diocesi di Parintins, sempre dedito alla carità e al servizio. Incentivò la creazione di centinaia di associazioni nelle comunità rurali e sostenne eventi culturali nelle aree di Tracajá, Mamuru e nel fiume Uaicurapá.

Con la barca São Pancrácio, percorreva fiumi e igarapés portando non solo il messaggio del Vangelo, ma anche assistenza sociale. Costruì case per coppie e famiglie umili, che definiva “prestiti”, ma che in realtà non chiese mai di restituire.

Padre Benito riuniva centinaia di giovani nei corsi di catechesi presso l’antica Fornace dei Padri e lasciò ricordi indimenticabili di formazione cristiana e sociale.

L’uomo, il boi e la devozione

Tifoso dichiarato del Boi Caprichoso, portava nel cuore la passione azzurra, ma diceva sempre che nulla superava la sua devozione per Nostra Signora.

Missionario di Dio, semplice e sensato, trascorse più di 50 anni in Amazzonia. Negli ultimi dieci anni, divise la sua vita tra andate e ritorni in Italia, contrariato, perché diceva che avrebbe voluto vivere e morire in Amazzonia, terra che adottò come sua.

Un addio pieno di gratitudine

Padre Benito non fu solo sacerdote, ma anche padre, fratello e amico del popolo. La sua eredità è visibile nelle chiese, nelle scuole, nei progetti sociali e, soprattutto, nella vita di migliaia di famiglie che aiutò.

Lascio qui la mia gratitudine personale:
Grazie di tutto, Padre Benito Di Pietro!